COP30: O crédito de carbono como alavanca para a descarbonização econômica

Em entrevista ao portal InfoMoney, o sócio Luiz Gustavo Bezerra, da prática de Ambiental, Mudanças Climáticas e Sustentabilidade, analisou o papel estratégico do Brasil na transição climática global e na consolidação do mercado de carbono.

Segundo ele, o país reúne diferenciais únicos, como uma matriz energética composta por cerca de 90% de fontes renováveis, a ampla biodiversidade de seus biomas e a experiência consolidada em projetos de captura e armazenamento de carbono (CCS), fatores que o posicionam como um dos líderes naturais na corrida pela descarbonização da economia.

Bezerra destacou ainda que a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), instituído pela Lei n.º 15.042/2024, representa um marco regulatório fundamental para o avanço do mercado de créditos de carbono no país. O novo sistema combina mecanismos compulsórios e voluntários, abrindo caminho para um ambiente regulado mais robusto, que deve impulsionar investimentos em bioenergia, agronegócio, aviação sustentável e soluções baseadas na natureza (NbS), como reflorestamento e restauração de biomas.

Com a COP30, que será realizada em Belém, em 2025, o Brasil terá a oportunidade de demonstrar ao mundo sua capacidade de transformar sustentabilidade em vantagem competitiva, consolidando-se como protagonista global na agenda climática e na promoção de uma economia de baixo carbono.

“[Na COP] O Brasil terá a oportunidade de derrubar mitos sobre a sustentabilidade da sua produção agrícola e de biocombustíveis”, afirma Bezerra.

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